A propósito de…cisma sénior
Quando falamos de recrutamento, há dias assistia a uma discussão sobre se há ou não um “cisma sénior”.
Parece-me pacífico que há, no mínimo, uma desproporção enorme entre procura, por parte de profissionais altamente experimentados, com formação e competência, e oferta.
Claro está que, quando falamos de C-Levels, a idade não é tão problema. Mas a questão é quantos verdadeiros “C-Levels” são colocados por ano em Portugal, por vias profissionais, depois de décadas de erosão dos centros de decisão nacionais ?
Quando ouvimos: “Optaram por alguém mais empático, dinâmico, etc.”, o que se queria dizer se calhar era: “Optaram por alguém mais barato, mais novo e que não nos coloque em causa.”
É necessário aprofundar uma certa reengenharia de funções e utilizar a tecnologia para qualificar e aumentar o âmbito das mesmas. E possivelmente bastantes dos profissionais acima dos 40 terão que criar o seu próprio posto de trabalho.
Talvez isso ajude a não procurarmos desculpas “elegantes”.