A propósito de…Contabilidade e Investimento
Gostava de dar um contributo sobre duas realidades que comunicam pouco entre si: Certa ortodoxia contabilística e os ciclos de investimento.
Estamos num país onde alguns contabilistas por vezes dominam melhor o normativo fiscal do que o contabilístico, em face de serem sujeitos a papel subalterno perante a Autoridade Tributária.
Tenho visto por inúmeras vezes um conjunto de práticas que criam obstáculos ao Investimento.
1. Não há conceito de investimento intercalar, como os encargos com o arranque de uma empresa. Vai tudo a custo.
2. Criamos um ativo que vai gerar benefícios futuros e vai tudo a custo.
3. Desenvolvemos um novo produto: Custo
4. Temos trabalho desenvolvido dentro da empresa e que vai gerar benefícios futuros, mas não constituímos ativos intangíveis.
5. Classificar ativos ou passivos nas contas certas dá trabalho: ponha-se em Outras Contas e Receber/Pagar…
Gostava de ver o dia em que a Contabilidade das PME seja vista como aproximação fidedigna do negócio, e o Contabilista aplique o normativo contabilístico com o objetivo de reconhecer a realidade do negócio e os seus ciclos de investimento, em vez de servir apenas de suporte às obrigações fiscais declarativas.
Acabemos com a “Contabilidade para apurar IVA”, OK?