Avaliação de Projetos, Ativos e Empresas
Na determinação do valor de um ativo, os cash-flows e o “custo do capital” são dois fatores determinantes. Se os primeiros são estimados muitas vezes com base histórica, o custo do capital é uma variável mais sujeita a margem de interpretação. Uma variação de 2 ou 3% no custo do capital pode determinar se um projeto é ou não viável. É surpreendente que esta variável não seja alvo de um maior esforço de normalização e penso que esta questão constitui a base de algum descrédito que atinge os exercícios de avaliação de ativos. Creio que tudo isto pode ser suavizado com duas práticas complementares:
1) Utilização de intervalos de avaliação baseados em métodos alternativos. Complementar a análise de cash-flows (DCF) com o uso de múltiplos de vendas ou EBITDA (menos dívida) pode ser uma hipótese – sobretudo se apurarmos múltiplos sobre dados de vários anos.
2) a utilização de simulações com custos de capital diferentes.
O custo de capital deve representar um custo ótimo de financiamento, sintetizando os fatores de risco não diluíveis.
O custo do capital é uma variável com um impacto tal na vida das empresas que devia ser tratado de forma mais proporcional à criticidade que ele encerra.