“Death by analysis”
Como profissional de base financeira, considero que a intuição não deve ser um critério tão determinante como é nas decisões de investimento. Fazer meia dúzia de contas simples para limitar danos em caso de algo correr mal não dá assim tanto trabalho.
Há, no entanto um outro extremo de perversão comum, que é a incapacidade de assumir o caráter estratégico de um investimento. Por medo de verbalizar que impactos colaterais o justificam, criamos indefinidamente mais cenários e análises, por vezes distorcidos, até que um deles nos conforte.
Empresários e empresas pragmáticos podem ter critérios que todos possam utilizar:
1) Que cash-flow se consegue projetar, de forma conservadora?
2) Que perda máxima estamos dispostos a suportar (stop-loss)?
3) Durante quanto tempo é aceitável perder dinheiro?
4) Que impactos colaterais tem este projeto, justificando o mesmo ainda que se perca dinheiro?
Sendo isto transparente numa empresa,
– moralizamos a base instalada de recursos humanos, porque não estamos a pedir-lhes que trabalhem para “pagar a festa dos outros”.
– enquadramos quem assumir a liderança de um projeto deficitário, que fica a saber que não está a trabalhar num cenário de “bar aberto”.