Long-life to technology enablers!
Uma das minhas lessons learned preferidas é a criticidade de uma função à qual chamaria Technology Enabler. Não se vê muita gente assim – há mais gente interessada em tecnologia do que a capacitada para a fazer acontecer.
Ter Technology Enablers é uma enorme necessidade e a meu ver essa necessidade só vai aumentar.
O tecnólogo radical acha-se em superioridade moral face aos utilizadores. Não tenta compreender as suas dificuldades nem os vê como clientes. Para o tecnólogo, o projeto está terminado quando uma funcionalidade é disponibilizada, ignorando que tem que existir aceitação pelo utilizador.
Acontece que um utilizador não tem o mesmo comportamento perante a tecnologia. É capaz de testar coisas diferentes e tem muitas vezes parametrizações de segurança, que, por si só, geram na tecnologia outputs distintos face ao pretendido.
Por outro lado, entre os utilizadores, é frequente a tecnologia ser vista como ameaça. A criatividade é tanta que não há prazos/orçamentos que resistam. Ou acha-se que a inovação e aprendizagem se conquistam sem dor.
A tecnologia existe, mas são as pessoas que lhe dão o “value for money”. Alguém tem que ligar estes dois mundos e orientá-los com pragmatismo para um só objetivo.