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O “desporto” favorito de muitos executivos e um dos mistérios da vida: a tendência para não decidir.
Por vezes, para não decidir sobre os pequenos problemas, que acabam por se tornar grandes. Outras vezes, sobre os grandes problemas, até que eles concretizem o seu potencial de destruição de valor, antes de se tornarem pequenos (e já não haver nada para decidir).
E porque arrastamos tanto as nossas decisões? Talvez porque o primado da segurança marcou a nossa geração de gestores, promovidos por serem prudentes.
Para não arrastar decisões e decidir bem, saber ouvir, é porventura um passo fundamental.
A Harvard Business Review falava há uns meses naquilo que define uma má decisão. A rejeitação da evidência, quando a mesma rebate as nossas convicções, vem à frente.
Não me surpreende. As convicções são quase tudo. Mas se deixamos que as mesmas nos causem cegueira ou surdez, mais valia não ter convicção nenhuma.
Saber ouvir é uma boa forma de não adiar o que não deve ser adiado. A não decisão é, demasiadas vezes, a pior das decisões.