O rigor e a minúcia
A propósito de temas de orçamentação e análise financeira, o meu primeiro chefe estava sempre a dizer que “o Ótimo é inimigo do Bom”. Carregado de razão.
Ainda que com significados similares, rigor e minúcia são muito diferentes no dia-a-dia da gestão.
“Rigor” significa o controlo e domínio das variáveis que influenciam fundamentalmente uma dada realidade ou decisão.
A “minúcia” é por vezes necessária, mas noutras revela-se inimiga do primeiro. Se quando a empregamos nos esquecemos do objetivo e nos concentramos no processo. E sobretudo, quando a nossa definição de rigor é muitivariável ou multidimensional.
Isto é, a minúcia por vezes consome tempo que nos impossibilita de ser rigorosos nessa dimensão (tempo).
Vivemos uma era em que o tempo escasseia. Podemos por vezes abdicar da minúcia, mas não podemos abdicar do rigor, aplicável a 4 dimensões ACTQ:
– Âmbito
– Custo (dimensão económica).
– Tempo (gestão de prazos e razoabilidade do time-to-market).
– Qualidade (fiabilidade e cumprimento de expetativas).